Um dos grandes desafios do brasileiro comum é conseguir chegar ao final do mês com a conta no azul. Esta é uma triste realidade de um país que após longo e tenebroso inverno de desconjuntura econômica (década de 80 e boa parte da década de 90), só agora começa a descobrir os benefícios de uma economia estabilizada e com possibilidades de crescimento sustentável e produtivo para aqueles capazes de realizar um bom planejamento e usar o dinheiro com inteligência.
A maioria dos investidores de renome não nasceu milionária. Muitos começaram com valores pequenos, mas com grande disciplina. A grande pergunta que surge é: como começar a investir? Gosto de dizer que o inicio se dá justamente pela cabeça. A mentalidade precisa mudar e objetivos claros para o investimento devem ser criados desde o inicio. Defina-os levando em conta:
Curto prazo;
Médio prazo;
Longo prazo;
A ideia fundamental é usar o tempo como aliado e adequar as metas à medida que os momentos de sua vida forem avançando, e cada passo for alcançado. Investir para, de degrau em degrau, conquistar aquilo tudo que se deseja e que está planejado.
Os objetivos de curto prazo
Um dos grandes ensinamentos que deve ser seguido ao iniciar os investimentos trata do período da aplicação. Quanto maior o tempo para investir, maior pode ser a exposição ao risco, que será diluída ao longo dos anos. Desta forma, para os investimentos de curto prazo o raciocínio deve ser o oposto: para se adquirir uma TV em um prazo de 12 meses, é mais sensato juntar o dinheiro através de uma alternativa mais conservadora, com rentabilidade fixa.
Um bom exemplo é a caderneta de poupança, que ainda não sofreu nenhuma alteração oficial, já que o projeto ainda não foi levado ao Congresso - e que, mesmo que aconteça, contemplará os investidores com valores expressivos. Além de rentabilidade de no mínimo 6% ao ano mais TR, tem garantia de liquidez imediata e não há cobrança de taxas de administração e Imposto de Renda. Guardando um pouquinho, mês a mês, sua TV estará garantida.
Investimentos de médio prazo
Antes de me aprofundar nas dicas sobre os investimentos, cabe um esclarecimento conceitual: quem deve definir o que é curto, médio ou longo prazo é o investidor, personagem responsável pelos investimentos. Ou seja, VOCÊ! A ideia do artigo é justamente despertar o interesse e a pesquisa para, com o passar do tempo, garantir a conquista de objetivos financeiros.
Costumo atribuir ao médio prazo o mínimo de cinco anos. Com no mínimo 60 meses para cuidar dos investimentos podemos perseguir, nesse momento, rentabilidades mais atrativas. Um carro é um bem de valor relativamente alto para a grande maioria das pessoas. Sua compra pode ser programada através de investimentos mensais em produtos mistos que podem, no decorrer do período, oferecer a oportunidade de compra à vista.
Aliás, aproveito a oportunidade para indicar o nosso último podcast: "será que é hora de comprar ou trocar de carro?". Para esse tipo de investimento, o ideal é diversificar, já podendo inclusive pensar em produtos mais sofisticados, como fundos com baixa taxa de administração e títulos (públicos e privados). Enfrente seu gerente bancário e arranque boas taxas de administração e retorno. Barganhe mesmo, afinal o banco vive do "comércio" de dinheiro; seja persuasivo, insistente e esteja bem informado.
Investimentos de longo prazo
Isso quer dizer que quem conhece seus objetivos, conhece, por exemplo, a funcionalidade do mercado de ações e enxerga boas oportunidades - inclusive aquelas de realizar negócios rápidos como compra e venda de ativos em um mesmo dia, o day trade.
A diferença de quem é vitorioso em sua estratégia de valores está no correto uso do tempo do investimento e da dedicação aos investimentos. Se você perceber que falta tempo para gerir melhor seus investimentos, talvez seja interessante considerar a alternativa de contratar um profissional gabaritado para administrar e gerir seus investimentos - no entanto, uma dedicação mínima é fundamental.
Quando o investimento é planejado para ser alcançado no longo prazo, podemos dedicar e investir valores mensais menores, além de buscar um risco maior com investimentos mais arrojados. Risco que será diluído com o tempo e a correta diversificação.
Suponha que seu objetivo seja alcançar a independência financeira em 15 anos. O primeiro passo é descobrir qual é o seu padrão de vida atual. Será que o objetivo é plausível? Comece por ai, para que a expectativa seja realista. Tendo essa informação, você precisará encontrar um mix de investimentos que, usados com inteligência nestes 15 anos, garantirão sua aposentadoria e a tranquilidade de viver com os dividendos de seus investimentos.
Como vê, o segredo do sucesso é o conhecimento adquirido e aplicado no dia-a-dia. Investir tempo e dedicação em aprender mais sobre mercado financeiro é, na prática, mais rentável que a aplicação financeira. Sabendo investigar as alternativas, resta a você separar o montante necessário e alocá-lo para a meta estabelecida. A disciplina garante que você chegará lá no tempo estabelecido, mas só o interesse e o conhecimento são capazes de auxiliá-lo nas boas escolhas.
Ricardo Pereira é educador financeiro e palestrante, trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama.
Fonte: Site Dinheirama.
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A maioria dos investidores de renome não nasceu milionária. Muitos começaram com valores pequenos, mas com grande disciplina. A grande pergunta que surge é: como começar a investir? Gosto de dizer que o inicio se dá justamente pela cabeça. A mentalidade precisa mudar e objetivos claros para o investimento devem ser criados desde o inicio. Defina-os levando em conta:
Curto prazo;
Médio prazo;
Longo prazo;
A ideia fundamental é usar o tempo como aliado e adequar as metas à medida que os momentos de sua vida forem avançando, e cada passo for alcançado. Investir para, de degrau em degrau, conquistar aquilo tudo que se deseja e que está planejado.
Os objetivos de curto prazo
Um dos grandes ensinamentos que deve ser seguido ao iniciar os investimentos trata do período da aplicação. Quanto maior o tempo para investir, maior pode ser a exposição ao risco, que será diluída ao longo dos anos. Desta forma, para os investimentos de curto prazo o raciocínio deve ser o oposto: para se adquirir uma TV em um prazo de 12 meses, é mais sensato juntar o dinheiro através de uma alternativa mais conservadora, com rentabilidade fixa.
Um bom exemplo é a caderneta de poupança, que ainda não sofreu nenhuma alteração oficial, já que o projeto ainda não foi levado ao Congresso - e que, mesmo que aconteça, contemplará os investidores com valores expressivos. Além de rentabilidade de no mínimo 6% ao ano mais TR, tem garantia de liquidez imediata e não há cobrança de taxas de administração e Imposto de Renda. Guardando um pouquinho, mês a mês, sua TV estará garantida.
Investimentos de médio prazo
Antes de me aprofundar nas dicas sobre os investimentos, cabe um esclarecimento conceitual: quem deve definir o que é curto, médio ou longo prazo é o investidor, personagem responsável pelos investimentos. Ou seja, VOCÊ! A ideia do artigo é justamente despertar o interesse e a pesquisa para, com o passar do tempo, garantir a conquista de objetivos financeiros.
Costumo atribuir ao médio prazo o mínimo de cinco anos. Com no mínimo 60 meses para cuidar dos investimentos podemos perseguir, nesse momento, rentabilidades mais atrativas. Um carro é um bem de valor relativamente alto para a grande maioria das pessoas. Sua compra pode ser programada através de investimentos mensais em produtos mistos que podem, no decorrer do período, oferecer a oportunidade de compra à vista.
Aliás, aproveito a oportunidade para indicar o nosso último podcast: "será que é hora de comprar ou trocar de carro?". Para esse tipo de investimento, o ideal é diversificar, já podendo inclusive pensar em produtos mais sofisticados, como fundos com baixa taxa de administração e títulos (públicos e privados). Enfrente seu gerente bancário e arranque boas taxas de administração e retorno. Barganhe mesmo, afinal o banco vive do "comércio" de dinheiro; seja persuasivo, insistente e esteja bem informado.
Investimentos de longo prazo
Investimento no Longo Prazo, ao contrário do que muitos pensam, não significa guardar o dinheiro em uma única aplicação por muito tempo. Seria essa a vertente moderna do guardar o dinheiro de baixo do colchão? Quando falamos em investimentos em longo prazo, a ideia é justamente usufruir com grande perspicácia o melhor que o mercado financeiro pode oferecer por um longo período de tempo, mas sempre reavaliando e, se preciso, alterando a estratégia.
Isso quer dizer que quem conhece seus objetivos, conhece, por exemplo, a funcionalidade do mercado de ações e enxerga boas oportunidades - inclusive aquelas de realizar negócios rápidos como compra e venda de ativos em um mesmo dia, o day trade.
A diferença de quem é vitorioso em sua estratégia de valores está no correto uso do tempo do investimento e da dedicação aos investimentos. Se você perceber que falta tempo para gerir melhor seus investimentos, talvez seja interessante considerar a alternativa de contratar um profissional gabaritado para administrar e gerir seus investimentos - no entanto, uma dedicação mínima é fundamental.
Quando o investimento é planejado para ser alcançado no longo prazo, podemos dedicar e investir valores mensais menores, além de buscar um risco maior com investimentos mais arrojados. Risco que será diluído com o tempo e a correta diversificação.
Suponha que seu objetivo seja alcançar a independência financeira em 15 anos. O primeiro passo é descobrir qual é o seu padrão de vida atual. Será que o objetivo é plausível? Comece por ai, para que a expectativa seja realista. Tendo essa informação, você precisará encontrar um mix de investimentos que, usados com inteligência nestes 15 anos, garantirão sua aposentadoria e a tranquilidade de viver com os dividendos de seus investimentos.
Como vê, o segredo do sucesso é o conhecimento adquirido e aplicado no dia-a-dia. Investir tempo e dedicação em aprender mais sobre mercado financeiro é, na prática, mais rentável que a aplicação financeira. Sabendo investigar as alternativas, resta a você separar o montante necessário e alocá-lo para a meta estabelecida. A disciplina garante que você chegará lá no tempo estabelecido, mas só o interesse e o conhecimento são capazes de auxiliá-lo nas boas escolhas.
Ricardo Pereira é educador financeiro e palestrante, trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama.
Fonte: Site Dinheirama.
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