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12/09/2011

Michael Jackson - O homem de 2 bilhões que faliu


Por em 12:30

Esse é um caso de sucesso para ficar na história. A análise de um personagem mítico, visto sob o ângulo empresarial, da marca construída, do nome administrado. Tudo, debaixo de muita controvérsia, mas em destaque pelo seu início, seu ápice, declínio e fim…

Um grande patrimônio tem sempre uma larga aceitação do consumidor. É a descoberta de um produto inédito, ou de um anseio inesperado que, em um determinado momento, passa a ser necessidade coletiva. Seu início nos anos 70, seu ápice nos anos 80, seu declínio nos anos 90.

O mais incrível dessa história é conseguir, em menos de duas décadas, construir um patrimônio que chegou a ser avaliado em 2 bilhões de dólares, sendo que no término, restou uma dívida em torno de 800 milhões de dólares.

Me refiro a história de Michael Jackson, analisada sob o ângulo empresarial, empreendedorial, visualizando a marca criada em torno de seu nome e como suas finanças pessoais foram devastadas. Tudo inicia com uma criança, ingênua, que com um enorme talento e esforço, seguia a risca as orientações de seu pai extremamente autoritário, impiedoso e disposto a todos os esforços em nome do sucesso; nem que isso gerasse uma série de traumas e mágoas em seus filhos.

Michael Jackson se destacou no conjunto que formou com seus irmãos e foi consolidando sua carreira em um momento diferente do que vivemos hoje. Ao crescer, aproveitou a explosão das discotecas com músicas adequadas ao seu tempo e inovadoras em relação aos "concorrentes". Sempre com total precisão instrumental, inovação musical, afinação vocal, coreografias ímpares, amealhava fãs em todo o mundo.

Era único em seu estilo, em sua época, totalmente inovador.

É verdade que tudo isso foi desenvolvido e construído quando a internet não existia, portanto baixar músicas era impossível e, logo, suas músicas eram vendidas como água. Seus shows eram extremamente esperados pois levavam para os palcos efeitos visuais espetaculares, o que já era aguardado por seus fãs que viam em seus vídeo clipes as mais recentes tecnologias em efeitos especiais.

Chegou a gastar, no clipe Black and White, 30 milhões de dólares, um valor astronômico para um filme de menos de 5 minutos, já que um longa metragem de Hollywood fica em torno de 100 milhões. Como a produção deste clipe ficou bem acima dos orçamentos iniciais, o cantor pagou parte dos custos de seu próprio bolso.

Histórias fantásticas como essas, reforçadas pelo seu espírito inovador em suas músicas, preciso em suas execuções e com estrondosas campanhas de marketing a cada lançamento, fizeram dele o maior sucesso na história da música de todos os tempos, vendendo mais de 750 milhões de cópias de disco em todo o mundo.

Amparado por profissionais de extrema competência para lançá-lo, tinha também em seu redor, outros, nem tão competentes, para administrar tamanho patrimônio. Ninguém pode gastar mais do que ganha… uma frase comum, simples, mas verdadeira, seja para um país, uma empresa ou cada um de nós.

Casa de Michael Jackson

Mansão de Michael Jackson
Michael Jackson gastava em torno de 40 mil dólares, diariamente, para manter seus luxos e compras imprudentes, como uma criança que quer e tem.
No auge de seu sucesso não representava perigo, mas quando os anos se passaram, seus discos já não vendiam como água… seus lançamentos foram se apagando… nada novo era criado… o dinheiro foi sumindo… os gastos se mantendo, até que o imenso patrimônio ruiu. Estava tecnicamente falido, o homem de 2 bilhões de dólares.

Pudemos acompanhar um homem falido vivendo em uma mansão, com um patrimônio, ainda, imenso, como isso ocorre? Através de empréstimos e doações de amigos milionários ele conseguia manter seus luxos, mas com total desorganização e dívidas enormes se multiplicando, débitos sendo ignorados e gastos mantidos, a luz foi se apagando, ainda que o patrimônio, bem administrado, ainda pudesse liquidar as dívidas.

Os shows que faria em Londres, agora em Julho, seria o início de uma longa turnê que serviriam para cobrir o pagamento da maior parte de sua dívida. Seu cancelamento levou prejuízo aos seus realizadores e mostrou que o imponderável nos permeia. Enquanto os organizadores contabilizavam o sucesso que estava sendo a nova turnê com a venda de ingressos esgotados, foram surpreendidos com a notícia inesperada, o novo show jamais seria realizado.

As luzes do palco se apagaram e a história será vista por diversos ângulos, entre manchetes sensacionalistas, notícias oportunistas e análises diversas (como essa que faço aqui), estarão os fãs da música, os economistas, os psicólogos e suas teorias em torno de uma personalidade cheia de conflitos.
Pra nós fica a lição de que tudo acaba, até os mitos se vão e o inesperado sempre vem.

Inovação e precisão para que tudo seja praticado com perfeição, a exaustão, diferenciando-se da concorrência, no tempo e no espaço certo foram suas práticas. Amparado pelas excepcionais ações de marketing que convergiram para expandir sua rede de consumidores… receptivos e sedentos consumidores… criou sua marca.

Por fim, nunca saberemos se o nome criado em torno de um mito foi mais usufruído pelo próprio mito, ou sugado pelos que estavam a sua volta. São situações e momentos que sempre lembraremos, respostas que jamais teremos e o resumo de uma vida cheia de brilho, conflitos, traumas, poder, fortuna, sucesso e fracasso.

Em seu fim, o isolamento, a inaceitação de sua aparência com a deformidade realizada em inúmeras cirurgias plásticas e o vício em remédios que, talvez, o tenham levado a morte, definindo assim o término de um ídolo da música. Marcas de uma personalidade frágil, abalada e pressionada pelo mito construído em sua volta que se tornou maior que ele próprio.

Uma carreira com ascensão verticalizada, mal administrada, teve, na mesma proporção, uma forte descida, chegando agora ao seu fim… Tire as conclusões que lhe convier, olhe pela ótica que puder e absorva as inúmeras lições que tudo isso nos oferece.

Morre o personagem, segue a marca, nasce o mito e fica a história.

Fonte: Reflexões Corporativas (http://reflexoescorporativas.wordpress.com)


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Sobre Ricardo F.S:

Ricardo F.S é administrador da empresa Ricardo Arts em Valparaíso e dos blogs Blog Ricardo Arts , Dinheiro sem Limite , Ricardo Sempre , Verdade Urgente e Processo Blogs na internet. Possui curso completo de informática e internet e possui anos de conhecimento com blogs. Atualmente trabalha como letrista, desenhista e pintor; prestando serviços também na web com design. Para saber mais clique aqui.

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