Esta postagem de criar uma certa indignação nos leitores mais cônscios (exagerou, não é?) da grandeza de suas próprias vidas, mas, dada a insistência da mídia em transformar todos os corpos em esculturais e todas as coisas em indispensáveis, cá venho eu fazer o papel de contraponto.
Uma coisa que quero dizer de entrada é que este texto é apenas o começo de uma longa caminhada. Como uma vez o Éverton (um contribuidor do blog) bem falou, podemos estar diante de um papo para anos de discussões. Mas como não tê-la?
Além do mais, ainda aqueles indignados, de vez em quando se vêm pensando em consumir alguma coisa, salvo raríssimas exceções. Quando falo em consumir alguma coisa refiro-me a algo que não seja essencial para vida.
Ou, ainda, se o for, que não esteja no nível do essencial, isto é: almoçar em um restaurante X ou Y que cobra mais caro pela sua comida. Já vi pessoas tidas como "descoladas", que exprimiam sua admiração com bens de luxo, como carros importados, numa referência à riqueza de quem os possuía.
Então, me parece que, como no ditado "tanto bate até que fura", o esforço do mundo do consumo consegue realmente impregnar ideias, imagens, crenças, enfim, que nos levam a desejar ou a imaginar as coisas como elas deveriam ser e não como são.
Mais ainda, a programarmos o nível de satisfação que temos com o mundo a partir da aquisição de determinados itens "indispensáveis" ou da prestação de serviços "diferenciados".
Como bem falei que é um primeiro papo sobre o tema, estou começando a construir esta reflexão a partir de um texto bíblico denominado Eclesiastes (ou, segundo algumas traduções, o Pregador).
O ponto curioso do Eclesiastes (e aqui, os mais afetos ao assunto, por favor, comentem e me corrijam se interpretei errado) questiona justamente aspectos da vida que nos levam a correr atrás de coisas inúteis e da vaidade, embora, em determinada passagem nos mande diretamente para os atos de comer e beber, que seriam os prazeres básicos da vida. O beber aqui é o vinho e não a água. Aliás, faz ainda menção a desfrutar "a vida com a mulher amada".
Sim, o texto não fala para comprarmos um carro de luxo, nem para vestirmos roupas de grife, muito menos para colocarmos silicone nas diversas partes do corpo, dado que o objetivo, à exceção desses prazeres "básicos" listados no parágrafo anterior, que, ainda assim são vaidade na concepção do autor, é mostrar que a vida pode ser vivida de forma menos carregada de trabalho.
Não no sentido de pregar a vagabundice, mas de não pregar a escravidão.
Fonte: Finanças Pessoais
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Uma coisa que quero dizer de entrada é que este texto é apenas o começo de uma longa caminhada. Como uma vez o Éverton (um contribuidor do blog) bem falou, podemos estar diante de um papo para anos de discussões. Mas como não tê-la?
Além do mais, ainda aqueles indignados, de vez em quando se vêm pensando em consumir alguma coisa, salvo raríssimas exceções. Quando falo em consumir alguma coisa refiro-me a algo que não seja essencial para vida.
Ou, ainda, se o for, que não esteja no nível do essencial, isto é: almoçar em um restaurante X ou Y que cobra mais caro pela sua comida. Já vi pessoas tidas como "descoladas", que exprimiam sua admiração com bens de luxo, como carros importados, numa referência à riqueza de quem os possuía.
Então, me parece que, como no ditado "tanto bate até que fura", o esforço do mundo do consumo consegue realmente impregnar ideias, imagens, crenças, enfim, que nos levam a desejar ou a imaginar as coisas como elas deveriam ser e não como são.
Mais ainda, a programarmos o nível de satisfação que temos com o mundo a partir da aquisição de determinados itens "indispensáveis" ou da prestação de serviços "diferenciados".
Como bem falei que é um primeiro papo sobre o tema, estou começando a construir esta reflexão a partir de um texto bíblico denominado Eclesiastes (ou, segundo algumas traduções, o Pregador).
Não que eu seja um estudioso da Bíblia, muito longe disso, mas é um texto que deveria ser lido, pois, embora faça menção a Deus, está um pouco afastado do conceito do que poderia chamar de religioso. Diria que mais aproxima-se a algo filosófico, também encontrado em outro texto que mencionarei oportunamente, do filósofo Luc Ferry.
O ponto curioso do Eclesiastes (e aqui, os mais afetos ao assunto, por favor, comentem e me corrijam se interpretei errado) questiona justamente aspectos da vida que nos levam a correr atrás de coisas inúteis e da vaidade, embora, em determinada passagem nos mande diretamente para os atos de comer e beber, que seriam os prazeres básicos da vida. O beber aqui é o vinho e não a água. Aliás, faz ainda menção a desfrutar "a vida com a mulher amada".
Sim, o texto não fala para comprarmos um carro de luxo, nem para vestirmos roupas de grife, muito menos para colocarmos silicone nas diversas partes do corpo, dado que o objetivo, à exceção desses prazeres "básicos" listados no parágrafo anterior, que, ainda assim são vaidade na concepção do autor, é mostrar que a vida pode ser vivida de forma menos carregada de trabalho.
Não no sentido de pregar a vagabundice, mas de não pregar a escravidão.
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