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06/10/2011

Cartão de crédito e cheque especial - Preferência do consumidor


Por em 11:33

Mesmo com as altas taxas de juros, o consumidor brasileiro continua a recorrer ao cheque especial e ao cartão de crédito. Segundo dados do Banco Central (BC), em junho, as concessões de crédito por meio de cheque especial e cartão de crédito representaram 60,8% do total para pessoas físicas, que foi R$ 75,203 bilhões.

Em junho, as concessões acumuladas de cheque especial chegaram a R$ 25,526 bilhões, contra R$ 22,781 bilhões registrados em igual mês de 2010. A média diária de concessões em junho deste ano ficou em R$ 1,216 bilhão, contra R$ 1,085 bilhão de igual período de 2010.

Já as concessões acumuladas do cartão de crédito ficaram em R$ 20,176 bilhões, ante R$ 16,983 bilhões de junho do ano passado. A média diária passou de R$ 809 milhões, em junho de 2010, para R$ 961 milhões no mesmo mês deste ano.

De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, o cheque especial e o cartão de crédito são empréstimos mais fáceis de serem tomados porque estão pré-aprovados e disponíveis imediatamente para os clientes.

Entretanto, o custo dessas modalidades é muito elevado. Pelos dados da Anefac, a taxa de juros do cheque especial ficou em 10,69% ao mês em julho. No caso do cartão de crédito, os juros chegaram a 8,27%, acima da taxa média de 6,84% e do crédito direto ao consumidor dos bancos. de 2,37% ao mês.

Oliveira orienta os consumidores a negociar as taxas e os tipos de empréstimos com os bancos. "Falta às pessoas saber que custa caro escolher essas modalidades. O cheque especial só deve ser usado em prazo curto e em situação emergencial", disse Oliveira.

O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) e consultor de finanças pessoais Newton Marques observa que, em geral, os consumidores usam cheque especial e cartão de crédito quando já não têm margem para tomar empréstimos com custo mais barato. Para ele, os consumidores devem fazer planejamento de suas contas.
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O primeiro passo é analisar detalhadamente cada uma das despesas e reduzir os gastos que não são prioritários. "É preciso cortar na carne", diz Marques. Quando o endividamento é alto, o consumidor pode vender bens, como o carro, para pagar as dívidas.

"A regra é não pagar juros", destaca. O ideal é que, além de quitar as dívidas, o consumidor reserve pelo menos 10% da renda para aplicações e emergência.

Em cenário de incertezas no mercado internacional e de menor ritmo de crescimento da economia brasileira, o conselho dos especialistas é evitar dívidas. Isto porque um menor crescimento econômico pode levar trabalhadores do setor privado a perder o emprego e servidores públicos a ficar com reajustes salariais abaixo do esperado.

"É preciso segurar as despesas", completa Marques.

"O trabalhador deve ter muita cautela neste momento. É preciso evitar assumir dívidas de longo prazo. Nesta crise [econômica], a cada dia, há uma notícia pior, queda das bolsas. Não sabemos qual será a extensão desta crise no Brasil", conclui Oliveira.

Fonte: Época Negócios, com Agência Brasil

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Sobre Ricardo F.S:

Ricardo F.S é administrador da empresa Ricardo Arts em Valparaíso e dos blogs Blog Ricardo Arts , Dinheiro sem Limite , Ricardo Sempre , Verdade Urgente e Processo Blogs na internet. Possui curso completo de informática e internet e possui anos de conhecimento com blogs. Atualmente trabalha como letrista, desenhista e pintor; prestando serviços também na web com design. Para saber mais clique aqui.

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