O "derretimento" das bolsas de valores nos últimos dias, por conta dos temores de uma recessão global, traz à tona uma preocupação a mais para os brasileiros. Será que, com tantos problemas nos outros países, a economia nacional pode ser afetada e seu bolso acabar prejudicado?
Para o professor de finanças da PUC - SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Fábio Gallo, os problemas globais podem ter alguma influência no Brasil, mas não de maneira direta.
"Se o sistema quebrar, nós vamos sentir. Não vai ser com a mesma intensidade, masde alguma forma nós vamos sentir", diz Gallo. "Pode haver um endurecimento do crédito, juros mais altos", aponta o professor.
O especialista da MoneyFit, Antonio De Julio, acredita que o Brasil pode sofrer com uma espécie de efeito dominó. Com problemas nos países que importam produtos brasileiros, as exportações poderão ser afetadas e prejudicar as empresas com negócios voltados para este fim.
"Pode haver desemprego. Com menos gente empregada, o comércio também é afetado, começa a vender menos", afirma De Julio.
Para o professor da BBS (Brazilian Business School), Ricardo Torres, nem é preciso desemprego para que o consumo diminua. "Durante uma crise, aumentam as incertezas da população em relação ao futuro. Então, as pessoas reduzem o consumo naturalmente, é algo natural da espécie humana. A gente tende a recuar",afirma.
Condição macroeconômica brasileira
Para o professor da PUC, a condição macroeconômica do Brasil é mais tranquila do que a de outros mercados, por isso, os efeitos desta crise devem ser menores no País.
"O Brasil não está no `olho do furacão`. Nós temos uma dívida bastante controlada. É verdade que ela cresceu muito, principalmente na `era Lula`, mas ainda está longe de ser um problema", afirma Gallo.
Ele também aponta que o nível das reservas internacionais, de R$ 345 bilhões, garante uma segurança para o País. Além disso, o sistema bancário brasileiro é mais rígido do que o europeu, por exemplo. "Nossos bancos nunca seriam reprovados nos testes de estresse, como aconteceu com várias instituições na Europa", diz Gallo.
Investidores sofrem mais
Para o professor de finanças da PUC - SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Fábio Gallo, os problemas globais podem ter alguma influência no Brasil, mas não de maneira direta.
"Se o sistema quebrar, nós vamos sentir. Não vai ser com a mesma intensidade, masde alguma forma nós vamos sentir", diz Gallo. "Pode haver um endurecimento do crédito, juros mais altos", aponta o professor.
O especialista da MoneyFit, Antonio De Julio, acredita que o Brasil pode sofrer com uma espécie de efeito dominó. Com problemas nos países que importam produtos brasileiros, as exportações poderão ser afetadas e prejudicar as empresas com negócios voltados para este fim.
"Pode haver desemprego. Com menos gente empregada, o comércio também é afetado, começa a vender menos", afirma De Julio.
Para o professor da BBS (Brazilian Business School), Ricardo Torres, nem é preciso desemprego para que o consumo diminua. "Durante uma crise, aumentam as incertezas da população em relação ao futuro. Então, as pessoas reduzem o consumo naturalmente, é algo natural da espécie humana. A gente tende a recuar",afirma.
Condição macroeconômica brasileira
Para o professor da PUC, a condição macroeconômica do Brasil é mais tranquila do que a de outros mercados, por isso, os efeitos desta crise devem ser menores no País.
"O Brasil não está no `olho do furacão`. Nós temos uma dívida bastante controlada. É verdade que ela cresceu muito, principalmente na `era Lula`, mas ainda está longe de ser um problema", afirma Gallo.
Ele também aponta que o nível das reservas internacionais, de R$ 345 bilhões, garante uma segurança para o País. Além disso, o sistema bancário brasileiro é mais rígido do que o europeu, por exemplo. "Nossos bancos nunca seriam reprovados nos testes de estresse, como aconteceu com várias instituições na Europa", diz Gallo.
Investidores sofrem mais
Por tudo isso, segundo o professor, os que mais sofrem com estes problemas internacionais são mesmos os investidores que operam com renda variável.
"Com tanta baixa, é importante que os investidores tenham consciência de que as perdas econômicas são diferentes das perdas financeiras. Você só perde financeiramente quando realiza o prejuízo", diz Gallo.
Por isso, o professor recomenda que, se o investidor não precisar do dinheiro imediatamente, ele deve se controlar e evitar vender seus ativos. "Muito investidor tem sérios problemas quando vê os números vermelhos na tela do computador. Mas é importante se controlar e não realizar perdas, se for possível", diz Gallo.
Ricardo Torres, da BBS, concorda. "Se você está posicionado, não adianta buscar soluções de proteção de capital durante os eventos de crise", afirma.
Para ele, quem possui dinheiro para aplicar deve priorizar investimentos de liquidez imediata. "Ou em títulos Tesouro Direto, que dão uma boa rentabilidade e têm liquidez semanal, ou em um fundo de DI, que também é lastreado nos mesmo títulos federais", afirma Torres.
Segundo ele, é importante manter o capital acessível, para aproveitar as oportunidades de comprar quando a crise terminar. "Neste momento, até a poupança pode ser um excelente mecanismo de proteção e de liquidez imediata. O dinheiro tem que estar próximo à mão, para fazer bons investimentos no momento certo", finaliza.
Fonte: InfoMoney
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"Com tanta baixa, é importante que os investidores tenham consciência de que as perdas econômicas são diferentes das perdas financeiras. Você só perde financeiramente quando realiza o prejuízo", diz Gallo.
Por isso, o professor recomenda que, se o investidor não precisar do dinheiro imediatamente, ele deve se controlar e evitar vender seus ativos. "Muito investidor tem sérios problemas quando vê os números vermelhos na tela do computador. Mas é importante se controlar e não realizar perdas, se for possível", diz Gallo.
Ricardo Torres, da BBS, concorda. "Se você está posicionado, não adianta buscar soluções de proteção de capital durante os eventos de crise", afirma.
Para ele, quem possui dinheiro para aplicar deve priorizar investimentos de liquidez imediata. "Ou em títulos Tesouro Direto, que dão uma boa rentabilidade e têm liquidez semanal, ou em um fundo de DI, que também é lastreado nos mesmo títulos federais", afirma Torres.
Segundo ele, é importante manter o capital acessível, para aproveitar as oportunidades de comprar quando a crise terminar. "Neste momento, até a poupança pode ser um excelente mecanismo de proteção e de liquidez imediata. O dinheiro tem que estar próximo à mão, para fazer bons investimentos no momento certo", finaliza.
Fonte: InfoMoney
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